terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Congresso de Sofia

Sofia, Madrid, Lisboa

Após o Congresso do PES organizado no Porto, em Dezembro de 2006, a expectativa em torno do Conselho de Sofia era elevada. E estas não foram defraudadas, pois o seu contributo político foi muito intenso. Confirmou-se o papel central que o Manifesto 2009 assumirá na vida próxima do PES e, inevitavelmente, dos diversos partidos socialistas nacionais; bem como o papel que o movimento dos Activistas pode, e deve, desempenhar na boa condução desta original iniciativa.

A maioria das intervenções no Plenário e nas sessões paralelas, de delegados, convidados e activistas, foram assim de acordo com os quatro assuntos-base do Manifesto: Save our planet, New Social Europe, European democracy and diversity and EU in the world.

Definitivamente, nós, socialistas europeus, temos as Ideias e Ideais; Projecto e a Experiência; as Pessoas e as Equipas, para ambicionarmos construir uma Nova Europa. Uma Europa com um papel estratégico na esfera internacional; com um forte discurso ambientalista e com uma Agenda Verde renovada. Uma Europa que assume a responsabilidade de alcançar as metas da Nova Europa Social. Uma Europa com uma forte e activa ligação com os seus cidadãos, que assume a diferença e a diversidade como uma marca genética, definidora da sua percepção do mundo e da sociedades contemporâneas.

Só uma Europa socialista poderá fornecer as respostas políticas aos problemas sociais que modelam o nosso quotidiano com as cores negras da injustiça social e da discriminação aleatória. Só uma Europa dominada pelo socialismo democrático pode reparar o modelo social e construir um projecto político de desenvolvimento humano eficaz e duradouro. Com uma forte maioria socialista não tenho dúvida de que uma Nova Europa Social pode ser uma realidade.

Mas para que tal possa ser efectivado é necessário que a Europa vire à esquerda nas eleições de 2009; e é aqui que a construção do Manifesto assume importância estratégica. Não só porque assegura que a relação entre o PES e as suas bases seja dinâmica, valida e validada, com uma afinidade estratégica assumida com os PES Activists; não só pela qualidade da proposta política daí proveniente; mas também porque colocará o PES como primeira estrutura europeia a ter a veleidade de pensar como um organismo coeso, multipartidário e multinacional, com uma agenda europeia própria e com um projecto integrado e articulado com os partidos nacionais, as suas estruturas de base, activistas, organizações não governamentais e sociedade civil.

No Congresso do Porto, no ano passado, este tema já tinha sido abordado. Em Sofia o caminho ganhou mais pavimento, num trilho que ainda verá apeadeiros em Viena (entrega final das propostas para o Manifesto 2009, em Junho 2008) e Madrid (apresentação do Manifesto, Dezembro 2008), antes da exposição final nas eleições europeias de 2009. O Partido Socialista português, que tão bem representando tem estado nestes certames, tem a responsabilidade de sustentar uma fasquia elevada: o nome Lisboa. Lisboa tem, na cena Europeia, um elan muito especial, e são recordados sempre com muito carinho os acontecimentos na capital portuguesa. Primeiro a muito citada Agenda de Lisboa, herança de António Guterres; agora, se tudo correr como planeado, o Tratado de Lisboa, herança de José Sócrates.

José Reis Santos

Coordenador Nacional do PES Activists Portugal

In Newsletter PES Activists Portugal Nº2

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